quinta-feira, 24 de abril de 2014

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Avô tá melhor, foi hoje para casa.
Mas agora não anda.
Como não se vive só de chatices, estou de partida para Madrid!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Limbo

Estou desde segunda-feira à espera que qualquer coisa aconteça.
Quando uma pessoa está fraca e em sofrimento pensa-se que a solução é uma operação para consertar o que começou a falhar. Mas e se a operação envolver riscos tão grandes que a solução se pode tornar fatal?
Estamos no limbo entre o perder e o ganhar; a espera é um tormento, impede-nos de fazer planos, porque a qualquer momento tudo terá de ser desmarcado para acorrer a uma morte expectável mas ainda assim dolorosa.
E cada hora que passa e a pessoa se aguenta é uma vitória não celebrada, porque a iminência do desastre não nos sai de cima.
E vivo agora por etapas. Na segunda feira era esperar pela tarde de terça. Na tarde de terça era esperar pelo fim da operação, que durou quatro horas. No fim da operação, esperar pelo recobro. Esta manhã é esperar pela tarde, quando o meu avô for retirado da sedação e das máquinas ventiladoras. E depois ainda não sei o que será de esperar, se o descanso ao fim de três dias, se o fim e o descanso de um corpo cansado da vida aos noventa anos.
E enquanto espero vou pensando numa série de coisas. Que não casei e ele dizia-me que queria viver até ao meu casamento; que não tenho uma vida profissional que me dê gosto; que não tenho situação financeira que me permita viver desafogada. Tudo coisas que ele queria ver acontecer.
Mas por agora vou continuar a esperar.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Busy week

Esta semana teve muitos acontecimentos. Normalmente as minhas semanas não têm.
Acordo para vir trabalhar, passo por aqui o dia, ao fim da tarde vou para casa e pronto, o dia está feito.
Tenho uma vida muito desinteressante actualmente.
Mas esta semana, praticamente todos os dias houve alguma coisa, o que me deixou extramente cansada e a dormir poucas horas mas que, por outro lado, me entusiasmou e mostrou que devo voltar a ser uma pessoa activa.
 
Na quarta feira à noite o rapaz fez-me a surpresa de me levar ao Teatro Politeama para vermos a peça Grande Revista à Portuguesa. Adorámos a peça e eu recomendo a quem ainda não viu.


A peça é enorme, três horas, terminou quase à uma da manhã, mas vale muito a pena. Fartamo-nos de rir, as imitações do João Baião e da Marina Mota são demais, são dois grandes actores e comediantes.

Ontem, quando saí do trabalho, fui a uma consulta de osteopatia. Nunca tinha ido a nada semelhante mas as minhas dores de costas andavam a matar-me.
Adorei! Era capaz de ir ao osteopata António todos os dias. Ele é super simpático. Ele dá puxões e torce-me e estala-me toda mas ao mesmo tempo é tão bom! Sinto as vertebras todas a voltarem ao lugar e fiquei a sentir uma leveza de ombros como nunca antes. Acho que ele deu-me anos de vida!
 
 
Hoje vou com uma amiga ao concerto da Ana Carolina no Meo Arena. Gosto da Ana Carolina, lembro-me que quando tive o meu primeiro desgosto amoroso a música "Quem de nós dois" era a minha musica da fossa! Ouvia e ouvia e achava que aquilo tinha sido escrito para mim. Como os adolescentes são dramáticos!! Há séculos que não vou a concertos, então prevejo que será uma noite boa e em óptima companhia.
 
E assim foi. Tantos acontecimentos fora do comum e todos na mesma semana. Mas provavelmente na próxima volto ao meu marasmo do costume.