segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

2014 listado

Quando damos por nós a dizer "ainda ontem era páscoa e agora já estamos no fim do ano" é porque estamos a ficar velhos. Categoricamente velhos.
 
Sim, o ano passou a voar, é verdade... e por isso, e como já sabem que gosto de listas, cá vai as listagens de 2014:

Livros que li pela primeira vez:
  1. O Estrangulador de Cater Street - Anne Perry
  2. A Valsa Inacabada - Catherine Clément
  3. Comboio para Budapeste - Dacia Maraini
  4. Um Casamento de Sonho - Domingos Amaral
  5. O Mapa Desaparecido - Heather Terrel
  6. Traição - Jason Matthews
  7. O Pássaro de Peito Vermelho - Jo Nesbo
  8. Vingança a Sangue Frio - Jo Nesbo
  9. A Estrela do Diabo - Jo Nesbo
  10. O Redentor - Jo Nesbo
  11. O Boneco de Neve - Jo Nesbo
  12. O Leopardo - Jo Nesbo
  13. O Manipulador - John Grisham
  14. A Um Deus Desconhecido - John Steinbeck
  15. O Segredo da Casa de Riverton - Kate Morton
  16. As Horas Distantes - Kate Morton
  17. Amores Secretos - Kate Morton
  18. Nome de Código Leoparda - Ken Follet
  19. O Tempo Entre Costuras - Maria Dueñas
  20. Os Buddenbrook - Thomas Mann

Livros que reli:
  1. Armagedão - Leon Uris
  2. Os Homens que Odeiam as Mulheres - Stieg Larsson
  3. Rapariga que Sonhava Com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo - Stieg Larsson
  4. A Rainha no Palácio das Correntes de Ar - Stieg Larsson
  5. A Siciliana - Sveva Casati Modignani
Espectáculos a que assisti:
  1. Grande Comédia à Portuguesa
  2. Cats
  3. O Quebra Nozes
Concertos a que fui:
  1. Mayra Andrade
  2. Ana Carolina
Filmes que vi no cinema:
  1. Que Mal Fiz Eu a Deus
  2. Em Parte Incerta
  3. 12 Anos Escravo
  4. A Menina que Roubava Livros
  5. Saving Mr. Banks
  6. devo estar a esquecer-me de um ou outro mais...
Viagens no meu país:
  1. Albufeira
  2. Serra da Estrela
Viagens internacionais:
  1. Madrid
  2. Sevilha

Kg´s engordados e perdidos:
10kgs. Perdidos - 0 kgs.



sábado, 15 de novembro de 2014

História de um gato que ensinou um menino a gostar

"Não gosto de gatos" ou "sou alérgico a gatos" eram duas desculpas dadas para encobrir um pouco o desinteresse pela sorte dos felinos, domésticos e vadios. A convivência forçada, imposta pelo amor, numa perspectiva comercial de 'Pague um, leve dois' ditaram que não seriam dois em casa mas três: ele, ela e o gato dela. E de mês para mês ela foi vendo esta atitude a mudar. De repente ele preocupava-se com o bichinho; ele entristecia-se por o bichinho não lhe dar muita confiança nem atenção. Mas a diferença maior aconteceu quando o menino começou a reparar na desventura dos animais de rua, a comover-se com os maus tratos e o abandono, questões a que, não sendo indiferente, não lhes prestavas mais que dois segundos de atenção. Chegou o dia em que o menino telefonou para casa, aflito, com uma situação para o qual nada o preparou: um gato vadio, carente e esfomeado se lhe entranhou no coração, e nada fez mais sentido que levá-lo para casa. Aquele era o seu gato.
A convivência com um gato mudou-o, a convivência comigo também. E este orgulho, carinho, ternura que sinto ao vê-lo com os seu gato é uma alegria que eu não pensava ter. Se outros motivos não houvesse para o amar, este seria um forte motivo. Porque quem salva uma vida, salva a humanidade.



terça-feira, 2 de setembro de 2014

Book review


aqui tinha falado neste livro, que comprei depois de ouvir uma conversa entre a empregada da Bertrand com um cliente. E agora, que terminei o livro há cerca de uma hora, posso confirmar o que a senhora Bertrand disse: é um livro MARAVILHOSO!
Gostei tanto tanto tanto tanto... Gostei mesmo muito e estou cheia de pena de o ter terminado. Histórias destas não deviam ter fim.
Na altura que ouvi a conversa alheia, a senhora dizia que era tipo Downton Abbey e é verdade. A história é contada por uma criada da casa e todos os ambientes descritos remetiam-me para a série: apesar de estas personagens terem nomes diferentes, as suas características são idênticas às da série. O mordomo conservador, a cozinheira simpática e bisbilhoteira, as criadas que mexericam sobre a vida da família e dos acontecimentos do "andar de cima".
Bem... não me alongo mais. Leiam e depois digam-me o que acharam!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Desconhecido nesta morada

Há muitos anos, numa feira do livro, vi um livro cujo título me chamou a atenção. Comprei-o e li-o em sensivelmente duas horas, porque se trata de um livro muito pequeno. Gostei imenso dele (e hei-de relê-lo brevemente).
Nessa altura, estava longe de saber que aquele título que tanto me chamou a atenção, iria eu escrever vezes sem conta. Passo a vida a receber correio que não me pertence, antigos moradores das casas por onde vivo, que se esquecem de alterar a morada. E eu, como boa cidadã, devolvo tudo ao senhor carteiro sempre que o vejo.
Não escrevo uma carta a ninguém há anos, mas quase todos os meses devolvo cartas onde escrevo sempre: devolver ao remetente, DESCONHECIDO NESTA MORADA. 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Diário de uma dieta #1

Cá estou eu em dieta há dois dias.
Estou a inventar a minha própria dieta, então não se pode dizer que seja dieta nenhuma, mas para uma miúda que só almoçava pão com pasta de atum e coca-cola e jantava chocapic, é uma espécie de dieta!
 
Quarta-feira:
Almoço - arroz de pato e sumo de manga com morango e melancia de sobremesa
Lanche - iogurte grego natural e meio pão sem nada
Jantar - bife panado com arroz simples e água
 
Quinta-feira:
Almoço - bife com batata cozida em vez de batatas fritas e água
Lanche - iogurte grego natural e uma fatia de bolo de chocolate
Jantar - lasanha e água
 
Sexta-feira:
Almoço - prato de sopa, meia bifana sem molhos e água
Lanche - pão de sementes com fiambre, iogurte grego e uvas
Jantar - ? ainda não sei mas terá água como bebida
 
A grande diferença? Estou a beber litradas de água. Água e leite ao pequeno almoço são as únicas coisas que bebo.
 
Hoje estou a sentir menos falta de coca-cola mas no supermercado ainda dei por mim a ponderar comprar uma latinha. Resisti e enchi-me de mais água.
 
Acho que lasanha não seja minimamente indicado numa dieta, mas a dieta a sério só vai começar quando entrar de férias. Para já, e estando sozinha em casa, não consigo fazer muito melhor que isto.

Tenho sentido muita fome durante a tarde, período em que comia sempre um pão de deus ou um palmier simples ou chocolate e coca-cola.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Mentalidade e hábito

Acho que é mais difícil mudar uma mentalidade que um hábito.
 
Aterrada com os números da balança, finalmente convenci-me a fazer dieta. Nada muito radical mas com especial enfoque naquilo que verdadeiramente me engorda: a coca-cola.
 
Há dois dias que não bebo e a cada hora que passa é um esforço enorme que faço para continuar sem beber, porque estou viciada naquilo. Como medida preventiva, comuniquei à família e às colegas de sala que deixei de beber, porque se me sentir policiada é-me mais fácil resistir.
 
Mas às vezes dou por mim a pensar "agora que ninguém está aqui, a reparar em mim, é boa altura para ir comprar uma coca-cola".
 
Mas depois paro e penso: mas eu estou a fazer isto por eles ou por mim?! Eles querem lá saber se eu bebo ou deixo de beber. Eu é que tenho que não querer beber, para voltar a ser saudável.
 
Mas é difícil. Estou sempre a tentar arranjar maneiras de me boicotar, pensando que como ontem não bebi, uma agora não faz mal nenhum. E ainda só passaram dois dias. Não sei se com o tempo vai tornar-se mais fácil nem sei se vou conseguir sempre resistir. Mas quero acreditar que sim.
 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Sempre me dei muito bem com o meu pai, tínhamos uma cumplicidade enorme. Tínhamos uma espécie de código secreto, piadas só nossas e que mais ninguém compreendia. Era uma relação muito especial. Sempre procurei nos rapazes um reflexo do meu pai, amigo, divertido, generoso, um homem de família. Mas ele era tanto homem de família quanto homem de salão. E sempre ouvi a minha mãe dizer, e sempre concordei, que os homens de salão nunca são bons maridos.
Mas desde que os meus pais se separaram, esta relação especial perdeu-se. Começou a perder-se discretamente, um ligeiro afastamento, mas também eu já vivia sozinha há alguns meses, já estava fisicamente ausente dele. E depois começou a perder-se emocionalmente. Porque outra pessoa entrou na vida dele, com a sua família, que se tornou a família dele. E ele foi se modificando. Para os outros continuava a ser o homem de salão, sempre alegre, sempre em risadas. Para nós tornou-se triste e lamuriento. Depressivo até. A namorada que arranjou (anos depois continuo a achar estranho dizer que o meu pai tem namorada) fê-lo tomar atitudes que eu não previa. Coisas que antes para ele eram importantes parece que deixaram de ser. Eu não culpo ninguém nem tomo as dores de ninguém. Não o fiz aquando da separação, porque entre marido e mulher não se mete a colher, nem o faço agora no seio desta nova relação. E quero que ele seja feliz e esteja acompanhado. Juro que sim. Não tenho ciúmes nenhuns nem qualquer espírito de competição para com a namorada. Até gosto dela, é sempre muito simpática para mim e atenciosa. Mas vejo que ele mudou e não consigo deixar de achar que ela foi a causadora dessas mudanças. Já não sinto aquela empatia. Há vezes que o sinto mesmo um estranho. E isto faz-me profundamente infeliz.

terça-feira, 15 de julho de 2014

É de valor

Estou francamente impressionada: o monhé da loja de conveniência onde me abasteço dos meus vícios estava a falar numa língua esquisita com um rapazola com dois metros e mais branco que lixivia. Perguntei-lhe que língua estava a falar. Norueguês, respondeu ele.
O monhé é nepalês e que falava português, inglês e alemão eu já sabia. Mas que também falava norueguês é de valor.
Quando a minha M. tiver filhos, vou pedir ao monhé que me ensine a comunicar com os meus "sobrinhos" emigrolas....

Ele há vidas...

Tive que ir fazer um recado à rua; ao passar por uma esplanada completamente ensolarada o empregado lança-me um "quer aproveitar o nosso happy hour?".
Pois claro que quero! Vou só ali avisar o meu director que venho para aqui beber copos e volto as seis para picar o ponto.
Pois... parece que não dá... talvez para a próxima!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

No escurinho do cinema


Já tinha visto este filme há uns anos e tinha gostado.
Ontem revi e voltei a gostar.
Porque é uma história comum, tanta gente arrasta consigo casos mal resolvidas ou interrompidos, tanta gente sente-se tentada a encontrar novidade e emoção fora de casa.
E porque continuo a achar o Guillaume Canet o francês mais giro de sempre!

Repost

Entrei muda e saí mudada.
E agora deixo-me ir na corrente.
Enquanto aquecer o coração, é bom. Enquanto fizer sonhar, deixo-me ficar.
 
 
Escrito neste blog em Março de 2010

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Profecias que se auto-cumprem

Fui ali à casa de banho do estaminé, único sítio quentinho por aqui (dizem que lá fora está calor, mas cá dentro estou na Sibéria do ar condicionado) e enquanto estava na casa de banho olhei-me ao espelho e vi a minha pancinha.
Eu fui uma gaja boa até aos 26 anos. Era alta e magra. Mas depois dessa idade começou o processo de engordar, pior que o perú do Natal.
Fui vitima de uma profecia que se auto-cumpriu: "já não tens vinte anos, o corpo não te vai obedecer mais, a partir dos vinte e tais começas a engordar se não te mexeres".
Mas eu nunca me tinha mexido e eu comia todas as gordices que queria. E continuo a comer mas agora sou gorda. Até me terem dito isto, eu era magra. E depois foi tiro e queda... comecei a engordar. Os dez kg a mais estacionaram na minha pança e pernas e braços e pescoço e já não saíram daqui.
Se tenho feito dieta? Não. Se faço ginástica? Nop.
Se sou vítima dos meus próprios erros? Siiiim!
Mas continuo a acreditar que a culpa foi da praga que me lançaram, ao fazerem-me aquela profecia. Que se auto-cumpriu.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Book review

 
Noutro dia fui à Bertrand com o rapaz para ele escolher um livro. Como o rapaz só lê livros técnicos (boriiiiiiing) deixei-o sozinho nessa secção e andei pela literatura a fazer tempo. Enquanto isto, a funcionária da loja andava com uma cliente a mostrar-lhe livros e a cada um fazia um grande discurso. Eu percebi que ela devia ser uma leitora compulsiva, como eu, abri bem o ouvido para ouvir as criticas que ela ia fazendo. E em relação a estes livros das imagens, ela falou tão, mas tão bem, que eu anotei mentalmente os nomes para os comprar. Dizia ela que este da Nuvem Branca tinha sido o melhor livro que tinha lido este ano. Wooow... esta critica bastou para me aguçar a curiosidade. Em relação à escritora Kate Morton, ela disse que era tipo Dowton Abbey mas em melhor!
Ainda não os li, estão em fila de espera, mas espero que sejam mesmo tudo aquilo que a funcionária da Bertrand disse deles!

terça-feira, 24 de junho de 2014

No último mês reli alguns livros antigos:

Reli a trilogia Millennium, de Stieg Larson, que já tinha lido em 2010 e já muita coisa me tinha esquecido. Ler pela segunda vez é tão bom e tão emocionante como pela primeira.

 
Reli também o Armagedão, de Leon Uris, autor queridinho do meu coração. Já tinha lido este livro há... há.... há nem me lembro já quantos anos... há muitos anos, de certeza. E também adorei reler.

Long time no see....

Abandonei o trapézio.
Deixei-o às traças.

Ohh... estou cheia de remorsos mas também não tenho muita coisa para escrever por aqui...

terça-feira, 20 de maio de 2014

Narizes

Ontem à noite fui buscar os Globos de Ouro às gravações automática.
Muito haveria a dizer sobre o evento, de um ponto de vista "profissional", de quem estudou organização de eventos. Mas vou abster-me de dizer o quanto achei a gala mal conseguida. Uups. Pronto, afinal já disse!
 
Foi um flop total. Uma organização péssima, os apresentadores uma desgraça, poucos tiveram o à vontade e jeito para se dirigirem às camaras, poucos levantaram os olhos dos papéis, poucos conseguiram ter graça. É tudo forçado e desorganizado.
 
 
Podia falar das fatiotas. Houve vestidos muito bonitos e outros que não lembram a ninguém, aliás, como sempre acontece.
 
Mas o que me apetece mesmo vir aqui comentar é o nariz da Iva Domingues.
 
A Iva Domingues é uma apresentadora engraçada. Não é linda mas também não é feia. Acima de tudo, tem carisma. Ora ontem ao vê-la na televisão, não a reconheci. A Iva deixou de ser a Iva e é agora uma outra cara que não reconhecemos como sendo a Iva. Operou o nariz, é óbvio. Eu tenho olho clinico para reconhecer narizes operados mas este é demasiadamente óbvio, tão óbvio que a tornou noutra pessoa.
 
O objectivo de uma plástica é corrigir e melhorar pequenas características que não gostamos de ver em nós. Para mim, não passa por nos tornar pessoas com um aspecto tão diferente.
 
Não tenho nada contra plásticas, eu também já operei o meu nariz, aos 18 anos. Mas a minha cara não mudou, nem a minha expressão. Continuo a mesma, apenas fiz uma correcção de algo que eu não gostava. Quem não soube da operação, também não a notou. Havia pessoas que me diziam notar qualquer coisa diferente e geralmente achavam que era o cabelo. Isto é o objectivo da plástica.
 
 
A operação da Iva pode ter-lhe dado um nariz mais bonito, mais afilado e arrebitado, mas deu-lhe também uma expressão nova, à qual ainda vamos ter que nos habituar.
Ora isto não teria relevância nenhuma num anónimo. Mas os apresentadores vivem da sua imagem. Aliás, antes de darem provas se são bons profissionais, passam pelo escrutínio físico. Uma cara tão conhecida e tão popular não deveria sofrer uma alteração tão grande, sob o risco de se perder a empatia criada com o público que a acompanha há anos.
 
Apesar de ter andado a pesquisar, ainda não encontrei nenhum comentário da própria ou de outros, seja em blogs ou na imprensa, sobre esta mudança. Não sei se ela será mais uma a usar o argumento "respiro mal" para justificar a operação. Esse é o argumento preferido de toda a gente que opera o nariz, pouca gente tem coragem de admitir que mudou porque queria mudar, porque não estava satisfeita com o antigo nariz. Eu respiro tão mal agora como antes, essa não foi a minha motivação. Eu não gostava do meu nariz, depois que foi partido por uma bola de basket numa aula de educação física na escola secundária. Odiava-o, achava-o nariz de papagaio porque fiquei com o osso da cana saliente e torto. Também respiro mal, é um facto, mas isso era secundário. E continuo a respirar mal; é a diferença de se ser operado por um otorrinolaringologista ou por um cirurgião plástico. Eu fui por um cirurgião plástico, que me deu um nariz lindo mas que não me melhorou em nada a questão da respiração.
 
Quanto à Iva... claramente tem um nariz mais bonito agora mas no conjunto, apesar de uma expressão completamente diferente, não se pode dizer que esteja mais bonita. Nem mais feia. Está na mesma, apenas com uma outra cara. E não sei se isso quererá dizer que a operação por que passou foi bem sucedida...
 


quinta-feira, 24 de abril de 2014

...

Avô tá melhor, foi hoje para casa.
Mas agora não anda.
Como não se vive só de chatices, estou de partida para Madrid!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Limbo

Estou desde segunda-feira à espera que qualquer coisa aconteça.
Quando uma pessoa está fraca e em sofrimento pensa-se que a solução é uma operação para consertar o que começou a falhar. Mas e se a operação envolver riscos tão grandes que a solução se pode tornar fatal?
Estamos no limbo entre o perder e o ganhar; a espera é um tormento, impede-nos de fazer planos, porque a qualquer momento tudo terá de ser desmarcado para acorrer a uma morte expectável mas ainda assim dolorosa.
E cada hora que passa e a pessoa se aguenta é uma vitória não celebrada, porque a iminência do desastre não nos sai de cima.
E vivo agora por etapas. Na segunda feira era esperar pela tarde de terça. Na tarde de terça era esperar pelo fim da operação, que durou quatro horas. No fim da operação, esperar pelo recobro. Esta manhã é esperar pela tarde, quando o meu avô for retirado da sedação e das máquinas ventiladoras. E depois ainda não sei o que será de esperar, se o descanso ao fim de três dias, se o fim e o descanso de um corpo cansado da vida aos noventa anos.
E enquanto espero vou pensando numa série de coisas. Que não casei e ele dizia-me que queria viver até ao meu casamento; que não tenho uma vida profissional que me dê gosto; que não tenho situação financeira que me permita viver desafogada. Tudo coisas que ele queria ver acontecer.
Mas por agora vou continuar a esperar.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Busy week

Esta semana teve muitos acontecimentos. Normalmente as minhas semanas não têm.
Acordo para vir trabalhar, passo por aqui o dia, ao fim da tarde vou para casa e pronto, o dia está feito.
Tenho uma vida muito desinteressante actualmente.
Mas esta semana, praticamente todos os dias houve alguma coisa, o que me deixou extramente cansada e a dormir poucas horas mas que, por outro lado, me entusiasmou e mostrou que devo voltar a ser uma pessoa activa.
 
Na quarta feira à noite o rapaz fez-me a surpresa de me levar ao Teatro Politeama para vermos a peça Grande Revista à Portuguesa. Adorámos a peça e eu recomendo a quem ainda não viu.


A peça é enorme, três horas, terminou quase à uma da manhã, mas vale muito a pena. Fartamo-nos de rir, as imitações do João Baião e da Marina Mota são demais, são dois grandes actores e comediantes.

Ontem, quando saí do trabalho, fui a uma consulta de osteopatia. Nunca tinha ido a nada semelhante mas as minhas dores de costas andavam a matar-me.
Adorei! Era capaz de ir ao osteopata António todos os dias. Ele é super simpático. Ele dá puxões e torce-me e estala-me toda mas ao mesmo tempo é tão bom! Sinto as vertebras todas a voltarem ao lugar e fiquei a sentir uma leveza de ombros como nunca antes. Acho que ele deu-me anos de vida!
 
 
Hoje vou com uma amiga ao concerto da Ana Carolina no Meo Arena. Gosto da Ana Carolina, lembro-me que quando tive o meu primeiro desgosto amoroso a música "Quem de nós dois" era a minha musica da fossa! Ouvia e ouvia e achava que aquilo tinha sido escrito para mim. Como os adolescentes são dramáticos!! Há séculos que não vou a concertos, então prevejo que será uma noite boa e em óptima companhia.
 
E assim foi. Tantos acontecimentos fora do comum e todos na mesma semana. Mas provavelmente na próxima volto ao meu marasmo do costume.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar

Mas e o cocó de um pombo?
Na segunda-feira, dia tão triste em que perdemos o Miquinhas, e como se não bastasse uma tristeza por dia, saí do estaminé para ir comprar uma coca-cola e em plena rua o cabrão dum pombo fez-me cocó no cabelo. Um noooojo.
E agora sempre que passo naquele bocado de rua fico sempre com medo! Porque um raio não cai duas vezes no mesmo lugar mas e o cocó dum pombo? Pode voltar a cair-me no cabelo, naquele bocado de rua?

segunda-feira, 24 de março de 2014

 
 
 
O nosso anjinho Micas deixou-nos hoje, por injecção. Levou 10 segundos a partir deste mundo, sem sofrimento, e deixa-nos com o coração aos bocados.
Coisa esta a minha, de ser tão sensível, de gostar tanto de gatos, de gostar tanto dos meus gatos que gosto mais deles que de pessoas. Coisa esta de sofrer tanto. Estou despedaçada. Porque o Micas não era só um gato, um animal de quatro patas como tanta gente gosta de apelidar. O Micas era o nosso anjinho, o nosso gatinho de rua, que encontrou no fim da vida o conforto e amor que não teve nos seus primeiros anos. Vai em paz, meu amor.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Chocolate

Eu sou moça fina e como tal gosto de ir a sítios finos.

Facto: praticamente uma vez por semana a minha avó e a minha mãe vêm ter comigo depois do meu trabalho para irmos lanchar. Por lanche entenda-se beber chocolate quente e comer um bolo.
 
Gostamos de ir à Pastelaria Benard, no Chiado, apesar dos funcionários não serem os mais simpáticos nem profissionais do mundo. Mas hoje em dia é impossível estar na esplanada da Benard e conseguir conversar. Ele é homem que cospe fogo, ele é cigano que toca acordéon, ele é homem que geme agarrado a uma guitarra, são velhotas a pedinchar moedas, é um horror. Só barulho. E eu, como moça fina que sou, odeio barulho alto.

Então querem saber o que nos faz, apesar de todos estes inconvenientes, voltar sempre à Benard?


O chocolate quente!! Grosso, carregado de farinha. Tão booooom!

quarta-feira, 12 de março de 2014

No escurinho do cinema

 
ADOREI este filme, que vi no fim de semana. Gostei mesmo mesmo mesmo muito. É divertido, é emocional, é mágico, é Disney.
Se ainda não viram, vão ver!

terça-feira, 11 de março de 2014

Hoje vai ser uma festa, bolos laranjada, muitos doces para ti....

É hoje!
É hoje!
 
28 anos.
 
Mas vamos ao que interessa: presentes!!
 
Até ao momento recebi três: da minha mãe um jarrão maravilhoso e um aparelho de som sony, que já tinha pedido no natal, sem qualquer sorte. Do namorado uns óculos de sol rayban clubmaster em tartaruga, os que eu queriiiia!
Vamos ver o que o resto do dia (e semana, espero!) me reserva.
Depois ponho fotos das coisinhas, só para vos fazer inveja! :)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A 13 dias de fazer anos


Aqui a infoexcluída descobriu uma maneira de fazer moodboards e agora não quer outra coisa!! Adoro. Estou mesmo viciada nisto de juntar imagens e criar quadros. Aguentem-me!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

No escurinho do cinema

 
Este fim de semana vimos este filme. Vê-se bem. Mas não é wooow. Não é arrebatador. É só um filme que entretém, uma hora e pouco passada sem grande emoção. As opiniões valem o que valem, claro. Esta é a minha.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fui às compras

Pote. Já vos disse que coleciono potes e jarras?
 
Toalha de mãos com borboletas. Na próxima vez que for a uma ZH hei-de trazer a toalha de banho.


Zara Home, where else?
 
O decor é pavoroso, tiro as fotos aqui no estaminé. Ignorem o contexto sff!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

No escurinho do cinema

 
Ontem à noite vimos este filme dinamarquês, A Caça.
 
A sinopse oficial:
 
"Depois de um divórcio muito complicado, a sorte de Lucas (Mads Mikkelsen) parece estar a mudar. Tem uma namorada que o compreende, um novo trabalho e está a recuperar a sua relação com Marcus, o filho adolescente. Porém, uma mentira impiedosa que se espalha por toda a comunidade vai mudar o curso da sua vida. A desconfiança abate-se sobre os que vivem na pequena vila dinamarquesa e, perseguido por todos para onde quer que vá, Lucas vai ter de encontrar maneira de provar que não é quem todos julgam ser.
Com argumento e realização de Thomas Vinterberg, um filme dramático cuja forte prestação de Mads Mikkelsen lhe valeu o prémio de melhor actor na edição de 2012 do Festival de Cannes."
 
Sob a premissa "as crianças não mentem" a vida de um adulto pode ser completamente alterada. Para pior. As crianças mentem sim. Há sim crianças que são más e manipuladoras. A diferença entre elas e os adultos, é que talvez, e ressalvo o talvez, não tenham consciência dos seus actos. Ou seja, acredito que as crianças mentem muito mas não têm consciência da gravidade das coisas que dizem.
À partida não estava com muita vontade de ver este filme mas apanhou-me completamente. Fartei-me de chorar. Fiquei incomodada e com vontade de espancar as personagens. A revolta do personagem Lucas sai para fora do ecran e torna-se a nossa revolta.
 
Um filme muito bom.

No escurinho do cinema

Não sei como mas o último filme do Woody Allen escapou-me no cinema. Vimo-lo no fim de semana em casa.
Gosto do Woody Allen, acho imensa piada aos filmes dele. Gostei deste Blue Jasmine, acho que retrata fielmente imensas mulheres alheadas da realidade, incapazes de avançar com a sua vida mesmo quando não têm alternativa. As situações non-sense woodyanas estão todas lá presentes no filme, todos os pequenos clichés, mulheres neuróticas... pronto! Ah... e adoro a Cate Blanchett! É uma óptima actriz. As expressões faciais dela, a entoação dada às palavras. Maravilhosa!
 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Parabéns, parabéns, parabéns

O Trapézio faz hoje 4 anos!
 
Ena... tantos!

No escurinho do cinema


Ontem à noite vimos o filme A Menina que Roubava Livros.
Adorámos.
Que filme bonito, triste, abalador. Há imensos filmes sobre a II Guerra Mundial, alguns melhores, outros piores mas praticamente todos comoventes.
Não deixam de ver!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Nem vocês amigas?!

Definitivamente não estou destinada ao sucesso.
Então, a coisa até começou bem e depois esmoreceu... e parou. As únicas visitas do blog novo devo ser eu própria! Ooohhhh

Amigas... eu contava convosco!
Eu poderia promover mais, é verdade, mas não quero dar a cara, tenho vergonha. Sou muito púdica!
Criei uma página de facebook para o blog novo e ainda não consegui partilhar. Pois...

Bem, não vou começar a choramingar comentários nem likes, nunca o fiz, tenho horror a isso. Tenho que delinear outra estratégia. Porque aqui no trapézio eu não me importo nada de praticamente só ter duas pessoas a ler, é uma coisa pessoal, não quero que seja conhecido. Mas ali, eu gostava de ir tendo feedback.

Pronto, já desabafei.
Fiquem bem, sim, amiguinhas??!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Maison d´Ivoire

Andava a matutar nisto há meses mas a inércia vencia sempre. Até que na ultima sexta-feira, estava aqui no estaminé sem vontade de trabalhar, resolvi meter mãos à obra e criar um novo blog, sobre decoração.
Não sou profissional na área, nem nunca estudei nada que tenha a ver com decoração, design ou arquitectura. Sou apenas uma apaixonada pelo tema.
Vai daí que surgiu o Maison d´Ivoire (casa de marfim). Não sei o que vai sair daqui, não sei se alguém irá ler e, em lendo, se vão gostar.
Sei que eu vou gostar de alimentar este novo hobbie.



 
 
Inicialmente criei uma outra conta mas entretanto apaguei-a e criei este novo blog, porque percebi que o nome que eu tinha escolhido é o nome duma loja de decoração francesa. Para não haver confusão, criei o Maison d´Ivoire e agora está tudo operacional!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fui aos saldos

Os saldos da Parfois, uma das minhas lojas preferidas para bijuteria, agora é que estão bons!
 
 
Colar de 12.99€ por 5.99€
 
Pulseira de 9.99€ por 2.99€
 
Brincos de 5.99€ por 1.99€

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

No escurinho do cinema

No sábado vi este filme. Não sei se já foi no cinema ou se ainda está por estrear, se tiverem oportunidade de ver não percam porque é um filme muito bom, com uma fotografia fantástica. É incrível a quantidade de azares que se podem juntar, sem nada fazer prever, e que ditam todo o desfecho de uma vida. E também é incrível as reacções, ou falta delas, que algumas pessoas têm perante situações inesperadas e até incontroláveis.
 
 
 
Ontem vi o Dallas Buyers Club e também gostei muito. O Matthew McC. está praticamente irreconhecível, tãooo magro, assim como o Jared Leto. O filme vê-se muito bem, a abordagem feita ao tema do HIV-Sida no inicio dos anos 80, quando a doença ainda era vista como uma realidade somente da comunidade gay está muito bem feita. É um filme a não perder.
 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Coisas que me fazem feliz #1

Estes dois livros que comprei pela Amazon e finalmente chegaram.
O livro da Megan Hess é tão bonito, as ilustrações são de babar. Até apetece arrancar as páginas e emoldurar nas paredes!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Fui aos saldos

Vela ananás. Odeio o sabor do ananás, não como nada que leve esta fruta mas adoro a sua forma.
 
Caixa dourada. Caixas nunca são demais, há sempre pequenas coisas a arrumar... ou a esconder!
 
Jarra com losangos prateada, para juntar à minha colecção de jarras e potes.
 
Peças todas da Zara Home, essa loja que me transmite imensa alegria. O meu namorado diz mesmo que o meu humor muda drasticamente quando entro na Zara Home.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Re-styling

Depois da minha tia-avó ter falecido, há um ano e pouco, começamos lentamente a desmontar-lhe a casa. Tive a sorte de "herdar" uma série de mobília e louça que me fazia falta e cujo estilo eu até gostava. Mas tal como a moda, a decoração não é estanque. Se nos últimos anos já mudei o meu estilo visual uma série de vezes, o mesmo se aplica à decoração da minha casa.
Quando fui viver sozinha, arrendei uma pequena casinha de bonecas com uns míseros 45m2 divididos entre dois andares, onde não cabia praticamente nada. Na altura não estava propriamente abonada, safei-me com compras inteligentes no Ikea. Eu gosto do Ikea para determinados produtos, mas não em tudo. E detesto ver casas exclusivamente com peças da suécia porque não são personalizadas, toda a gente tem as casas iguais e a qualidade das mesmas é muito discutível. Então quando depois mudei para a minha segunda casa, já com 90m2 e com mais algum capital que no inicio, pude investir em mobiliário de melhor qualidade e mais bonito. Mantive as coisas Ikea, as que resistiram à mudança sem se partirem ou desconjuntarem, e comprei peças novas, mais exclusivas. Entretanto, desde os meus 25 anos, já vou na terceira mudança, desta última vez para uma casa de 160m2. Enorme. Se eu fosse mudando para casas mais pequenas, ia-me sobrando mobília. Como vou sempre para casas maiores, falta-me sempre mobília. Foi então que a minha tia-avó faleceu e a minha avó deixou-me levar tudo o que eu quisesse da casa dela. Mas tudo o que trouxe, apesar de me ter decorado a casa, não é exatamente aquilo que eu sou. Não me representa. Se eu não fosse uma eterna insatisfeita, não mexeria em mais nada. Mas agora que não falta nada, só me apetece substituir grande parte do que herdei por peças novas, exatamente ao meu gosto. 
E isto é uma bola de neve. Eu sonhava com sofás vermelhos, achava-os o máximo; a minha mãe ofereceu-me um sofá vermelho e eu agora, seis meses passados, já estou farta do sofá e quero um novo em branco. Sou assim, nada a fazer.
No outro dia comentava com o meu namorado que depois de ter tudo o que quero, ia tornar-me pouco gastadora, não ia desejar mais nada. Mas ele bem apontou que estão sempre a surgir colecções novas e peças decorativas novas e eu nunca vou conseguir deixar de as querer. Ou seja, nunca vou conseguir deixar de ser insatisfeita e gastadora. 
 
 
Esta foi das minhas últimas aquisições, o tabuleiro em espelho da Area. Adoro-o!
 
 
A minha colecção de potes lentamente vai aumentando. Estes dois são da Zara Home e a coroa de natal, que fica o ano inteiro em exposição porque sou completamente apaixonada por ela, é da Casinha do Pai Natal. A estante são três módulos juntos do Ikea, que fui comprando à medida que as casas aumentavam de tamanho.
 
 
Aqui apenas para mostrar duas das coisas que herdei, o quadro pequeno na parede do fundo, uma imagem bucólica francesa e o candeeiro que a minha mãe me convenceu a trazer. Eu detestava este candeeiro em bronze desde pequena, mas talvez seja uma questão de hábito, neste contexto, na minha sala de jantar, já não desgosto tanto dele. No entanto, é um dos exemplos das peças que não estão mal, mas que não reflectem quem eu sou. Assim que puder gostava de o substituir.
 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Love is a bunny

Sou tão infantil que tudo o que tem bonecos me conquista.
É verdade, adoro bonecada.
E neste momento estou in love total por esta capinha para o telelé!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

No escurinho do cinema


Apesar de ser um filme extremamente violento, com cenas que me fizeram fechar os olhos e querer tapar os ouvidos, gostei de o ver. Não desiludiu.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Resoluções

Não gosto de fazer resoluções de ano novo porque geralmente nunca as cumpro.
Mas se as fizesse, seriam:
  1. Beber mais água e menos coca-cola
  2. Fazer ginástica
  3. Deixar de fumar
  4. Deixar de estar acomodada a um trabalho que cada vez me encanta menos e procurar um novo emprego
  5. Jogar mais vezes no euromilhões
  6. Ir a Cuba e Noruega
  7. Sair mais de casa e reencontrar antigas amizades que fui pondo de lado
  8. Ser mais paciente
  9. Ser menos consumista
  10. Aprender a cozinhar
Mas, lá está, provavelmente não cumprirei nem metade.
Sou muito defeituosa, sou preguiçosa e não tenho muita força de vontade para fazer coisas que não me apetecem.
É isto.