segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

É um elogio tá?

Saquei uma muito boa nota no exame de módulo da pós-graduação que estou a fazer. Não estava nada à espera, nada mesmo. Ainda estou à espera que alguém envie um e-mail a dizer que a lista estava com erro. Em todo o caso, é nestas alturas que se vê o "carácter" das pessoas. Há as que ficam verdadeiramente felizes por ti, há as que ficam irritadas/invejosas, há as que preferem ignorar e há as chicas-espertas, aquelas que provavelmente nunca repararam em ti nem sabem o teu nome, mas de repente nos vêem dizer: "eu sempre achei que tens um ar muito inteligente e até intelectual. Isto é um elogio ok?". Para mim, alguém ser intelectual não é ofensa nenhuma. A necessidade que ela teve de reiterar que me estava a fazer um elogio, diz muito sobre esta pessoa. Ou pessoínha, vá...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Bad kitty


Os gatinhos adoram tudo quanto é buraco, caixa, saco, armário. Tudo em que puderem entrar e aninharem-se, meio escondidos, é irresistivel para eles. Quando o Shia era mais pequenino não largava muito pêlo, pelo que não me importava que ele se aninhasse dentro dos armários, em cima da roupa. Mas quando começou a crescer e o pêlo a tornar-se mais solto, as idas ao armário acabaram. Até ao outro dia, em que me esqueci por 15 minutos da porta aberta. Quando reparei e o fui tirar de lá, ia tendo um piripaque. O raio do gato destruiu-me um vestido de malha grossa, estava completamente com as linhas puxadas. Menino Shia achou boa ideia afiar as unhas no meu vestido! Puxei as linhas para a parte de dentro mas mesmo assim nota-se que alguma coisa ali não está bem. Gatinho mau, muito mau.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Namora uma rapariga que lê

"Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.


Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.


Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.


Oferece-lhe outra chávena de café com leite.


Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.


É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.


Ela tem de arriscar, de alguma maneira.


Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.


Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.


Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.


Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.


Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.


Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.


Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve."


(Texto de Rosemary Urquico, retirado daqui)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Casa

Por várias vezes fui convidada a falar sobre as minhas aventuras em Israel e para meu espanto, de cada vez que dei uma "palestra" as salas encheram-se para me ouvir.

Não é comum este amor tão grande que eu sinto por tudo quanto é judaico. Nem o sei explicar, talvez venha no ADN, as gerações que me precederam e que foram perdendo a sua identidade judaica num mundo laico ocidental. O sangue é forte, costumam dizer e nele vamos encontrar resquícios do que fomos um dia. Uns (muitos) perderam-se pelo caminho mas eu fui recuperar a minha herança. Não sou religiosa nem nunca fui mas sou espiritual e tenho fé. Mas a identidade judaica é mais que sómente a religião de Abrão, Isaac e Jacob. É uma forma de estar na vida: o que podemos e não podemos comer, as palavras que não ousamos proferir, a literatura e as memórias mais negras que não esquecemos nunca. O orgulho de tantos feitos e tantos Nobels e tantos Pulitzers e tantas façanhas heróicas, pela sobrevivência e pela conquista.

Ninguém dá nada a ninguém, é preciso conquistar, manter, fazer evoluir. Os críticos de Israel não percebem que ter uma "casa" é a noção mais essencial à vida humana, o sentimento de pertença a algo, a uma terra, a um povo, a uma lingua. E que quando nos negam uma casa e nos tiram tudo, tem que se recuperar por palavras ou por força. Geralmente as palavras não são suficientes e como tal, resta a força. A força do mais forte, do melhor preparado e melhor equipado.

Não é por acaso que a tecnologia de ponta está em Israel e os melhores hospitais e desenvolvimento agrário. Nada é por acaso. E eu comprovei tudo isto quando lá estive. As pessoas não vão a Israel por medo ou por ódio. Eu sei que quem não vai é parvo. Perdem a oportunidade de ver um dos países mais fascinantes do mundo. Nem tudo é bom, claro que não; Gaza é triste e feio, Belém nega a entrada a quem não seja muçulmano; Jerusalém é um barril de pólvora. Mas a beleza que se encontra supera tudo isso.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mas tu comes McDonalds??

Como as aparências enganam!
Quando ontem casualmente referi que tinha almoçado no McDonalds, sobrancelhas ergueram-se e olhos chocados esbugalharam-se para mim.
"Mas tu comes isso? Julgava que tu eras daquelas vegetarianas ou naturebas"
Cruz credo! Eu não sou dessas.
Faz mal e engorda? É disso que eu como, diáriamente. E eu acho que estou balofa. Mas pelos vistos consigo disfarçar muito bem as gordurinhas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

I loooove Saldos!

Não me canso de dizer, os saldos são a altura mais feliz do meu ano!


Este ano lancei-me a eles logo no inicio porque as lojas que eu gosto entraram logo em 50%. Eu já previa que ia ser bom, muito bom os saldos desta época e de facto foram. Tanto que logo na primeira semana de Janeiro despachei-me a adquirir tudo quanto queria e agora estou na abstinencia que falei ontem, pelo que nem sequer entro em lojas.


Considero que os saldos são bons para se renovar determinadas peças já com muitos anos e já a ficarem velhinhas ou gastas, ou seja, os básicos que temos que ter em qualquer altura e para qualquer circunstância. E depois, adquirir determinadas peças que adoramos da colecção que agora acaba mas que tenham continuação nas próximas.


Foram muito bons! Estou contentinha com os achados. Havia peças que eu já andava de olho há meses, mesmo à espera que o preço ficasse pelo menos pela metade. Agora bem que já podiam acabar, porque nesta fase já não há tamanhos, apenas minusculinhos ou gigantões. Pelo menos eu já estou despachada.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

The shopping abstinence

Há duas semanas que não compro nada. Estou em total abstinencia até Fevereiro e assim tenciono continuar.
Só houve uma excepção, o namorado faz anos amanhã e tive que lhe comprar os presentes. Mas para mim, nada de nada.
Até evito ir à rua à hora do almoço, para não cair em tentações.

E há poucos dias, totalmente por acaso, deparei-me com este blog The Shopping Diet - 365 dias sem compras. O plano da autora do blog é ficar um ano inteiro sem comprar absolutamente nada para ela - nem roupa, nem malas, nem sapatos, nem acessórios. Nadinha. Mulher de coragem han? Eu já vou em duas semanas, às tantas ainda me aventuro num projecto semelhante ao dela e continuo por dois, três meses... por acaso era giro ver até onde consigo me conter e resistir.
Vou pensar sobre isso...

Este filme é Meo

De há uns meses para cá, largos meses, deixei de ir ao cinema e comecei a alugar no Meo Videoclube. Isto porque o cinema está muito caro e é-me mais confortavel nem sequer sair de casa, parar o filme quantas vezes apetecer e durante 24h poder revê-lo.
Mas isto significa também que só vejo filmes alguns meses depois de terem ido no cinema e quando toda a gente fala entusiasticamente de algum, eu fico a apanhar bonés.
Isto para dizer que vi no fim de semana passado o Midnight in Paris e A.DO.REI!


O humor do Woody está lá, a fantasia, as interpretações, as referencias aos escritores e pintores... e Paris! Tão linda! Muito bom filme, sem qualquer dúvida.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

No sábado à noite desmaiei duas vezes de seguida numa discoteca. Quem viu deve ter achado que estava bebada ou grávida ou mocada. Nenhuma das hipóteses está correcta.
A hipocondríaca que existe em mim está em alerta vermelho. Será que é desta que me diagnoticam epilepsia? Tumor cerebral? AVC? Enfarte do miocardio? Ou mais provavelmente é apenas a tensão. Mas porque como demasiado sal? E demasiado açúcar? E não como fruta nem hortaliça nem sumos naturais? Bolas, e a noite até estava a ser tão gira...

Aquele zzzzzzzzzz

Debaixo do meu estaminé há uma loja de tatuagens. Sempre que vou à janela da casa de banho fumar, ouço o zunido da maquineta de tatuar a funcionar. E sempre que ouço, fico com o bichinho de fazer outra.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Thank God it´s friday

Parece-me que toda a gente resolveu compensar o trabalho atrasado de 2011 na primeira semana de 2012. Que semana infernal, papéis que nunca mais acabam, relatórios para fazer, só vejo números à frente. Esta semana custou-me mais a passar que um mês inteiro de Dezembro.

Por outro lado... enquanto tanta gente chora por um emprego, não pode ser mau sinal ter muito trabalho para fazer.

I looooove cat cakes!













Porque o Shia foi o melhor de 2011 mandei fazer um bolo de chocolate com fondant de chocolate branco para a ceia de passagem de ano. O bolo para além de bom ficou lindo!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012