sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011

- Arrendei uma casa sem dar cavaco a ninguém
- Fiz uma mudança em tempo record
- Comuniquei à família que ia viver sozinha
- Fui a Londres passar o meu aniversário
- Meti na cabeça que queria um gato
- Fui operada no Hospital de Santa Maria
- Arranjei um gato lindo, tão lindo, o mais lindo de todos os gatos
- Fiz dois anos de namoro
- Passei duas semanas de férias em Santa Cruz e consegui não morrer de pasmo
-Fui a Paris fazer compras de Natal
- Ofereci o almoço de Natal em minha casa
- Desgracei-me financeiramente durante o ano inteiro

Agora senhor ano 2011 vai-te embora que já me desgraçaste a carteira o suficiente.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Trágico

Acho que gosto mais do meu gato que do meu namorado.

O meu baby 2, que já foi baby 1, é que não anda a achar muita piada à coisa.

Desconfio que um homem que tem ciúmes de um gato é ainda mais trágico que eu gostar mais do gato que do namorado.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A propósito do Natalinho

Passou-se, este ano com novidades, mas lá se passou, mais ou menos como sempre.
O Natal deprime-me desde sempre, sei lá porquê... anda toda a gente tão contente que a mim só me dão vontade de chorar. Sempre fui assim, exceptuando quando era criança e aí a depressão só bateu aos dois anos quando fiz xixi ao colo da minha avó por medo do Pai Natal, que por acaso anos depois soube ser a minha tia Lena, o que prova que ela foi muito convincente enquanto Pai Natal.
Fiquei especialmente triste por a minha avó conhecer-me há 25 anos e não saber que odeio couves mas o meu primo que só tem 13 ela sabia e preparou-lhe só bacalhau e batatas; eu tive que andar a pescar a couve e a pô-la na borda do prato. Os presentes este ano foram vítimas da crise, diminuiram no volume, tendo sido, apesar de tudo, peças boas e bonitas. Claro que quando se tem uma casa, deixamos de receber presentes para nós próprios e recebemos apenas apetrechos domésticos. A excepção foram dois pijamas (um clássico natalicio) e um vestido.
Não sou menina de comezainas, como pouco e sou esquisitinha, pelo que o drama nacional da engorda de Natal não me atingiu mas em compensação despejei para o goto a garrafa inteira de vodka black que o meu irmão me ofereceu, talvez para me animar.
Pelo que o Natalinho lá se passou e para o ano há mais e agora venha 2012 que 2011 já deu tudo o que tinha a dar.
Pois que o Natalinho passou, pois que estou de volta ao trabalho, pois que agora começa a altura mais feliz do meu ano, que acontece duas vezes ao longo de 12 meses: SALDOS.
SALDOS SALDOS SALDOS. Que felicidade. Eu devia começar a tirar férias na altura dos saldos, para ter tempo suficiente para procurar e fuçar tudo. Porque a hora do almoço não me chega. Porque os provadores estão a abarrotar. Porque as filas para pagar metem medo. Porque há encontrões e pessoas parvas. Mas os saldos fazem-me tão, mas tão feliz...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

X-mas



Tenho os presentes de Natal todos comprados.

E pela primeira vez, não fiz sugestões nenhumas do que me ser oferecido.

Mas portei-me muito bem durante o ano, espero que sejam generosos comigo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um post de merda

Tenho cá para mim que a relação entre o olfacto e o cheiro da bosta da minha colega Marilia é inversamente proporcional. Quanto pior cheira a cagada dela, menos olfacto ela tem.

Só isso explica todos os dias, depois de passar 30 minutos na casa de banho, deixar um bedum horrivel e não abrir as janelas.

Lovely things

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Problema resolvido

Ao passear hoje pela Sephora dos Armazéns do Chiado reparei numa coisa, que está lá há uns dois anos, e que eu, palerma, nunca tinha visto: o brow bar da Benefit. O que é: um balcãozinho para arranjar as sobrancelhas com uma cera que, dizem elas e eu comprovei, dói muito menos que nos cabeleireiros. As minhas sobrancelhas são muito rebeldes e andam sempre despenteadas e não recebem atenção práticamente nenhuma. Andava há meses que as ir arranjar mas nunca me apetece. Já havia pelinhos fora do sítio nas pontas mas eu, que às vezes me estou a borrifar para a imagem, não lhes ligava nenhuma. Mas hoje, enquanto passeava, fui abordada pela menina da Benefit, que foi tão simpática, que me convenceu! Aceitei que ela me arranjasse as ditas, pela módica quantia de... dezassete euros. É carote, aliás, muito carote, mas valeu a pena, porque não doeu nada, porque ela ainda me maquilhou e porque ficaram muito bonitas. Contudo, tenciono a partir de hoje ser disciplinada, de cada vez que começar a crescer algum pelito, é arrancá-lo logo com a pinça para não perder a forma nem a curvatura que tenho agora. Se não for disciplinada... e sei que não sou, provavelmente volto lá. É carote, mas não doeu nada.


Agora assaltou-me a dúvida

Ainda não estou familiarizada com o acordo ortográfico.
Pêlos escrevem-se com acento circunflexo no e, certo? Ou não?

Praga de pêlos

do blog Cat vs. Human



O meu gato larga muito pêlo, mas mesmo muito pêlo. Não há centímetro desta casa que não esteja recheada de pêlos de gato. É nas escadas, nos sofás, na roupa, no chão, na colcha, nas almofadas, na mesa e na banheira. O B. costuma acordar com a cara e cabeça cheia de pêlos porque sua excelência Dom Shia na ausência do pai dorme na sua almofada. Noutro dia no metro, levava vestido um casaco cheio de pêlos e não sei se foi coincidência ou não, um senhor ao meu lado desatou a espirrar. Secalhar era alérgico a gatos. Coitado. Mas coitada mesmo é de mim, que passo a vida a aspirar e a escovar roupa e mesmo assim a praga dos pêlos não desaparece. Realmente há certas coisas que só aguentamos graças a muito amor, caso contrário, já tinha despachado o gatinho para um orfagato.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tou capaz de lhe furar os olhos

É triste o que uma pessoa tem de aturar porque precisa de um emprego. Um chefe mal educado e ordinário, sem noção dos limites, tanto na brincadeira como na agressividade é um pesadelo. Tou capaz de furar os olhos ao meu ou então fazer-lhe voodoo. Nuns dias é minha querida para cá e minha princesa para lá, noutros diz-me que estou com o rabo gordo e que podia ser dançarina do ventre e ainda noutros berra-me aos ouvidos, descompoe-me e desliga-me o telefone na cara. Juro que hoje, e ontem, se pudesse, matava-o com requintes de malvadez e nem a possibilidade de ser presa me deteria, porque pelo menos ele já não estaria cá para me azucrinar.

Notas sobre Paris # 4

Apesar de não perceber nada sobre pintura, aprecio a estética e não valorizo a técnica, precisamente por não a conhecer. Tenho alguns pintores de eleição, como Van Gogh e Modigliani, cujo trabalho posso dizer que conheço bem. Depois há pintores que conheço algumas peças mas não todas. No Grand Palais estava em exposição uma mostra sobre Picasso, Cézanne e Matisse, da colecção da família Stein - Leo e Gertrude Stein e Michael e Sarah Stein. Os quadros na sua maioria já não pertencem ao espólio da família, foram sendo vendidos, perdidos e confiscados durante a II Grande Guerra (os Stein eram, obviamente, judeus). Esta família era amante das artes e grandes mecenas e amigos dos pintores em questão, ao ponto de na altura era na sua casa que estava todo o trabalho de Cézanne. Não aprecio Picasso, Cézanne algumas coisas mas Matisse gosto francamente. Apesar de ser uma exposição pequena, com apenas alguns exemplares e provavelmente os menos conhecidos dos três artistas, descobri muitas obras pela primeira vez e tantos gostaria eu de ter. O que mais me tocou foi este de Matisse, Pont de Saint Michel, que adorava ter na minha sala. Infelizmente a loja do museu não tinha nenhuma reprodução deste quadro.



Pont de Saint Michel

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Notas sobre Paris # 3



A experiência diz-me que nos arrependemos mais fácilmente pelas coisas que não comprámos que pelas que comprámos. Nem sempre precisamos de alguma peça mas porque gostámos dela e o preço até nem era assim tão descarado, levamos. Claro que a maioria das vezes não preciso, mas se gosto e até posso comprar, não me contenho. Porque, lá está, se me arrepender posso sempre oferecer ou até vender. Mas o que eu gosto e não compro, por um qualquer peso na consciência, acabo sempre por lamentar tê-lo feito. Isto para dizer que desta vez perdi a cabeça. Tinha recebido o salário, o subsídio de férias e o subsídio de Natal dois dias antes de viajar e aí já estava um forte indício em como isto não iria correr de feição para a poupança. Às vezes acho que estou a desenvolver um distúrbio consumista, que antigamente não acontecia. Antes só gastava dinheiro em livros mas de há uns dois anos para cá alarguei o leque de opções e tudo quanto me passe por debaixo do nariz, e que eu gosto, é arrematado. Vá, é Natal, eram férias e por todo o lado estava escrito à Paris, je fais des folies e eu entrei no espírito. Agora até Janeiro a palavra de ordem será: contenção!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Notas sobre Paris # 2

Paris é uma cidade tão monumental que mesmo já lá tendo ido quatro vezes, nunca se fica a ver/conhecer tudo. Há sempre tantos sitios para ir, tantas exposições, que a selecção do que fazer é muito complicada. Ainda não foi desta vez que consegui ir ao Museu do Louvre nem ver a mini estátua da liberdade numa ponte nem as exposições do Centro Pompidou.
Mas fiquei a conhecer Monmartre como nunca antes, percorri todas as ruas e ruínhas do bairro, que são imensas (é bem maior do que se pensa), Pigalle e Blanche. Os grandes Boulevards perto da Ópera, que já conhecia mas que agora aprofundei o conhecimento, o Quartier Latin com os milhões de restaurantes e livrarias de Saint Michel. Percorri cada centimetro de chão destas zonas, o que significa que uma próxima vez que vá já não devo passar por aqui. Há tanto por descobrir. Fui ver a exposição Picasso, Cézanne et Matisse... Les Aventures des Stein no Grand Palais, maravilhosa e ultra recomendada, subi à Torre Eiffel, o que não fazia há dezassete anos, fiz os Champs-Élysées de uma ponta à outra, comi toneladas de crepes com nutella e comprei este mundo e o outro.
Estou de volta, muito cansada, com as pernas a pesar chumbo, mas muito contente.

Notas sobre Paris # 1

Encontrei no metro e foi sentada em frente a mim desde a estação Franklin D. Roosevelt até George V a actriz Mélanie Laurent, que entrou no filme Sacanas Sem Lei de Quentin Tarantino. É linda, cheirava muito bem e levava um entrançado lindo. Não sei se ela não é muito conhecida em França ou se os franceses não ligam às "celebridades", facto é que ninguém, tirando eu, olhava para ela com atenção nem ninguém falou com ela. Eu gostei! Não é todos os dias que se vê alguém que tenha trabalhado com o Tarantino e estado no mesmo set com o Brad Pitt!